O que é a escola pública no Brasil de hoje? Seria ela uma instituição definitivamente falida, apenas suportável onde a escola particular não existe? Uma devoradora de recursos públicos que poderiam ser melhor empregados por instituições particulares? Ou, ao contrário, seria a escola pública o instrumento insubstituível para a democratização do ensino? Se é assim, por que os recursos têm sido drenados para fora do ensino público? Por outro lado, é verdade que todas as escolas particulares oferecem ensino de boa qualidade? Ou que constituem um espaço democrático, onde a liberdade de pensamento é respeitada?

Perguntas desse tipo vêm sendo feitas há décadas em nosso país. As respostas são hoje mais urgentes do que no passado, pois a inadiável democratização do ensino reclama definição clara do lugar do setor público e do setor privado no campo da educação. Questões como essas são enfrentadas pela coletânea coordenada por Luiz Antônio Cunha, sem preconceitos, sem meias palavras, com a coragem que o momento e o tema exigem.